sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

LÁPIS GRAFITE


História do Lápis

Na antiguidade clássica, tanto gregos quanto romanos já utilizavam instrumentos parecidos com o lápis: eram barrinhas redondas de chumbo que serviam para traçar linhas, desenhar e escrever.
No século XII surgiu um lápis feito com a mistura de estanho e chumbo, conhecido como "lápis de prata" e depois foi muito usado por artistas como Albert Dürer, Jan Van Eyck e Leonardo da Vinci.
O lápis moderno apareceu no século XVI, depois da descoberta das primeiras jazidas de grafite na Inglaterra.
No entanto, até hoje em inglês o lápis grafite é chamado de "lead pencil" que quer dizer lápis de chumbo, provavelmente por causa da influência da cultura greco-latina.
Inicialmente as barras de grafite eram cortadas em pedaços e embrulhadas em cordões ou em pele de ovelha. Depois o grafite passou a ser encaixilhado e colado dentro de pequenas ripas de madeira, cujo formato final era moldado manualmente.
No século XVII carpinteiros da cidade alemã de Nuremberg começaram a produzir lápis, cujo monopólio foi desfeito no século seguinte por oficinas familiares como a de Kaspar Faber (1761), nome de fabricante de lápis que chegou até nossos dias.
Em 1795, o químico francês Nicholas Jacques Conté desenvolveu e patenteou o processo moderno de produção de lápis, misturando grafite em pó com argila que, depois de moldados eram endurecidos em alta temperatura, o que possibilitou o desenvolvimento de diversos graus de dureza do grafite.
As inovações que se seguiram estão mais ligadas à industrialização da produção de lápis com a introdução de tornos e maquinários que aumentariam drasticamente a velocidade da produção e melhorariam a exatidão da forma (tubular ou hexagonal) e o acabamento.
Durante o século XIX e início do século XX, além do lápis grafite, os alunos usavam na escola lápis feitos de ardósia e de pedra-sabão bem macias para escrever em lousas de ardósia que tinham grau mais duro.

Graduação e Classificação

A grande maioria dos lápis, em todo o mundo, e quase todos na Europa, são classificados no sistema europeu, usando a letra "H" para indicar a dureza, o "B" para indicar o grau obscuridade, assim como "F" para indicar o ponto fino.
O lápis padrão de escrita é o HB na classificação. Segundo Petroski, este sistema foi desenvolvido no princípio do século XX por Brookman, fabricante inglês de lápis. Este utilizou o "B" para indicar a cor preta e suas tonalidades e o "H" para indicar a dureza; o grau de um lápis foi descrito por uma sequência ou de H sucessivos ou de B sucessivos, tais como BB e BBB para cores de cinza sucessivamente mais carregado, e HH e HHH para os sucessivamente mais duros. Existe um sistema de classificação de lápis que vai de muito duro com traço fino e claro a suave com traço grosso e escuro, indo do mais duro ao mais suave como no exemplo abaixo: