segunda-feira, 25 de julho de 2011

TRANQUILIDADE E CRIATIVIDADE


Havia uma cachorrinha de nome Niquinha. A dona dela levou-a para passear na floresta. Ela se afastou da sua dona e foi para o mato e começou a comer um osso. De repente, ela percebeu que uma onça se aproximava para devorá-la. Ela fingiu que não viu e quando a onça estava perto falou para a onça ouvir: que onça gostosa acabei de comer. Agora vou matar outra. A onça, ao ouvir isto, ficou apavorada e foi embora.
Um macaco que estava no alto de uma árvore tudo viu e ficou com muita inveja da cachorrinha. Disse: Essa não! Eu pensava que era o animal mais esperto e agora vejo que essa cachorrinha é mais esperta que eu. Vou dar um jeito. Comportou-se literalmente como "amigo da onça". Saiu correndo atrás da onça e falou para ela que fora enganada pela cachorrinha Niquinha. Quando a Niquinha percebeu, a onça estava voltando com o macaco montado nela. Fingiu novamente que não viu e ficou de costa. Quando viu que a onça estava perto falou alto: Cadê esse macaco que foi buscar outra onça para eu matar e comer que não chega?
Ouvindo isso e sentindo-se enganada, a onça ficou uma fera com o macaco e o matou e o comeu.
E a Niquinha fugiu, voltando para os braços da sua dona.


Conclusão:
1) Diante do perigo é necessário ter tranqüilidade e criatividade. Com tranquilidade
(controle emocional) procurar uma saída criativa;

2) O invejoso quer ser esperto, mas, termina por se dar mal!


Fábula adaptada por Luciano M. Castelo

O DESENHO INFANTIL


O desenho infantil é um dos aspéctos mais importantes para o desenvolvimento integral do indivíduo e constitui-se num elemento mediador de conhecimento e auto conhecimento.A partir do desenho a criança organiza informações processa experiências vividas e pensadas, revela o seu aprendizado e pode desenvolver sua coordenação motora e o seu estilo de representação singular do mundo!

* Os desenhos e os diálogos publicados nesta reportagem são de crianças de 3 a 5 anos da Creche Central da Universidade de São Paulo (USP)

O desenho é espontâneo ou é fruto da cultura?

Entre os principais estudiosos, há os que defendem que o desenho é espontâneo e o contato com a cultura visual empobrece as produções, até que a criança se convence de que não sabe desenhar e para de fazê-lo. E há aqueles que depositam justamente no seu repertório visual o desenvolvimento do desenho. Nas discussões atuais, domina a segunda posição. "A única coisa que sabemos ser universal no desenho infantil é a garatuja. Todo o resto depende do contexto cultural", diz Rosa Iavelberg.

Detalhes da figura humana, noções de perspectiva e realismo visual são elementos da evolução do desenho.
Essa perspectiva não admite o empobrecimento do desenho infantil, mas entende que a criança reconhece a forma de representar graficamente sua cultura e deseja aprendê-la. Assim, cai por terra o mito de que ela se afasta dessa prática quando se alfabetiza. "O desenho é uma forma de linguagem que tem seus próprios códigos", diz Mirian Celeste Martins. "Para se aproximar do que ele expressa, é preciso fazer uma escuta atenta enquanto ele é produzido." Para Mirian, a relação entre a aquisição da escrita e a diminuição do desenho ocorre porque a escola dá pouco espaço a este quando a criança se alfabetiza - algo a ser repensado em defesa de nossos desenhistas.

Fonte: Revista Escola - Ed. Abril