quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Will Eisner


Pessoal, 
Como não estamos mais trabalhando faz um tempo com o blog Wordpress da Giornaletto, estou postando aqui, nesse nosso novo blog Giornaletto Atibaia, nossas matérias mais comentadas. 
Espero que curtam bastante.
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Conheçam aqui Will Eisner, o guru dos quadrinhos.



William Erwin Eisner foi um dos mais importantes nomes dos quadrinhos neste século e uma das maiores influências no desenvolvimento do gênero.
Depois de alguns trabalhos variados, como Sea Hawks e Sheena, rainha da selva, Eisner teve a idéia de criar um personagem completamente novo para as séries de domingo, alguém que nem mesmo usaria roupas especiais para lutar contra os criminosos. Ele se vestiria à paisana, usaria uma máscara (a qual, anos depois, Eisner confessaria odiar desenhar) para ocultar sua identidade, chapéu e luvas e nada mais que pudesse identificá-lo como um combatente do crime.
The Spirit era uma história muito incomum, é sobre um detetive mascarado, Denny Colt, um herói sem super poderes que protege os habitantes da cidade fictícia de Central City. Ele vivia num cemitério, tendo por fiel assistente um jovem negrinho, o pobre Ebony White. Ele não tinha poderes especiais nem apetrechos para ajudá-lo; ele não tinha nem mesmo um veículo próprio. Seu cartão de apresentação era uma pequena lápide e ele não vencia sempre ao final das histórias. The Spirit poderia ser definido como um cidadão comum lutando por seus direitos.
Formalmente, The Spirit era uma revolução na linguagem dos quadrinhos. A série se destacou pela inovação dos enquadramentos quase cinematográficos, os efeitos de luz e sombra e as inovadoras técnicas narrativas, além da qualidade do roteiro e da arte. Sempre a presença de belas mulheres, cenas hilariantes, melodramáticas, mas que enfatizavam sobre tudo o aspecto humano dos personagens.
Entre as influências de seu trabalho, alinham-se Milton Cannif (Terry e os Piratas), George Herriman (Krazy Kat), Hal Foster (Príncipe Valente), gênios que merecem hoje o mesmo reconhecimento que Eisner.
Em 13 de outubro de 1941, The Spirit começou a ser também publicado como tira diária.
Eisner deixou a série em 1942 ao ser mobilizado pela Segunda Guerra Mundial, onde produziu pôsteres, ilustrações e histórias propagandísticas para o exército norte-americano.
Devido à sua ausência, as histórias de The Spirit continuaram com a ajuda de seus assistentes, Jules Feiffer, Lou Fine, Andre LeBlanc, Jack Cole.
Em 1946, Eisner retomou seu trabalho ainda com ajuda de seus assistentes, e terminou em 1952, quando passou a dedicar seu conhecimento sobre quadrinhos em outros meios: publicidade, story board, educação. Nas décadas de 60 e 70, esteve ensinando em escolas de Arte, e no final dos anos 70, ele decidiu voltar à sua mais famosa ocupação.
Ao mesmo tempo que desenhava The Spirit, Eisner fundou a American Visuals Corporation, empresa dedicada a criação de comics, vinhetas humorísticas e ilustrações, que acabou absorvendo a maior parte do seu tempo, separando-lhe da criação de histórias.
Somente quando o editor holandês Olaf Stoop reeditou The Spirit, no começo dos anos 70, Eisner voltou a interessar-se pela criação de histórias em quadrinhos.
Eisner teve uma importância decisiva para demonstrar que histórias em quadrinhos não são meio de entretenimento apenas para crianças e adolescentes.
Além de sua carreira como quadrinhista, Eisner escreveu obras fundamentais na criação de histórias em quadrinhos: Os Quadrinhos e a Arte Sequencial (Comics and Sequential Art) e A Narrativa Gráfica (Graphic Storytelling). Em 1988 a indústria dos quadrinhos prestou tributo à Eisner criando o Prêmio Will Eisner, mais conhecido como “Eisners”, que servem como uma premiação pelo “conjunto da obra” nas histórias em quadrinhos.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Will_Eisner
http://www.geocities.com/soho/5537/spirit2.htm

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